III. Dissertativa: expor, argumentar, convencer, persuadir.
ESTRUTURA NARRATIVA:
Contexto: comece falando sobre o lugar, o momento e as personagens envolvidas;
Gatilho: procure narrar o fato que gerou a mudança de rumos na sua história;
Expectativa: faça o leitor acreditar que os acontecimentos desencadeados pelo “gatilho” geraram um problema sem solução aparente;
Clímax: a solução para toda boa história precisa ser fora do normal (milagre, coincidência, mágica, iluminação, providência divina, insight… chame como quiser);
Final: depois de tudo resolvido é hora de deixar um gostinho de quero mais, sugerindo um “novo normal” depois da experiência vivida.
ESTRUTURA DESCRITIVA:
Para escrever uma boa sequência descritiva, é preciso determinar qual será o foco:
I. Do específico para o geral: comece detalhando os pormenores de modo que se construa uma ideia de “todo” a partir da junção das “partes”;
II. Do geral para o específico: pense em um zoom de uma câmera e conduza o olhar do leitor desde de uma visão geral até um detalhamento de partes específicas.
ESTRUTURA DISSERTATIVA:
Tese: comece com uma afirmação simples e direta, nas primeiras linhas, expondo sua opinião (não crie enigmas);
Argumentos: explique sua opinião acrescentando fatos, dados estatísticos, citações de especialistas etc. como forma de provar suas razões para acreditar em sua tese;
Considerações finais: reafirme sua opinião reforçando a coerência de seus argumentos e proponha uma reflexão ou ação por parte do leitor.
“Quando você
escreve bem, consegue
pensar bem”
(Matt Mullenweg)
*Busquei condensar o conteúdo.
Importante entender que essa estrutura funciona como um “espírito da coisa”.
Uma referência para começar a organizar as ideias.
A estrutura serve para escrever tanto um parágrafo, um capítulo ou um livro.
Assista à Aula-Post no vídeo acima ou ouça o episódio completo abaixo:
Guarde isso:
20 minutos de concentração total é melhor do que 2h de atenção dividida.
Aprender exige atenção e interesse: evite distrações enquanto estuda!
TENHA UMA ROTINA
Estabeleça momentos de estudo!
No EAD, você tem a LIBERDADE e a RESPONSABILIDADE de determinar o melhor momento para VOCÊ ESTUDAR.
Na hora de estudar, foco total:
– tenha um caderno para anotações;
– desative as notificações do celular;
– elabore perguntas sobre o assunto e procure respondê-las ao final!
Você pode usar o timer do celular para marcar o tempo de atenção total.
Se não conseguir um lugar silencioso, tente ouvir uma playlist com músicas instrumentais enquanto estuda.
Questione sempre o propósito de aprender o que está estudando.
Lembre-se de que foi o conhecimento teórico-científico que possibilitou você ter este celular em mãos, por exemplo.
Afinal…
Você estuda para saber mais e ser capaz de solucionar problemas?
Tire o foco da nota final e foque na sua aprendizagem. A boa nota será consequência disso.
Com o tempo, as suas notas serão esquecidas em um documento e o que ficará evidente é a sua CAPACIDADE DE USAR O CONHECIMENTO PARA RESOLVER PROBLEMAS e (quem sabe) melhorar a vida das pessoas.
Já disse que a palavra é maior que o homem; e a poesia, maior que as palavras. Poesia é arte. Como tal, deve ser observada, apreciada, fruída.
Escrever poemas é sempre uma tentativa de se fazer poesia. Importante traçarmos a diferença aqui. Sem referências acadêmicas, mas de forma simples e objetiva: poema é forma, poesia conteúdo.
O primeiro é a escrita em versos, estrofes, refrãos. A segunda é a imagem que surpreende, o instante de beleza que nos captura. Está no poema, mas o transcende.
Fazer poesia é criar imagens possíveis com palavras. Talvez, só com palavras. Não se concretizam. Ficam projetadas no pensamento, mas não podem ser ilustradas.
Ou alguém seria capaz de ilustrar Camões, quando diz “amor é fogo que arde sem se ver”?
Este livro contém poemas que escrevi nos últimos anos. São sinceras tentativas de poesia. Confissões. Epifanias. Desabafos. Ego. Entusiasmo. Invenção. Arte.
Como todo livro que escrevemos, este é também um diálogo com o futuro. Um registro do que já foi presente, mas já é passado. Talvez lance luz ao meu futuro. Ou não.
Que, ao menos, um poema te emocione. Pois o que nos emociona nos tira do lugar. (Para quem gosta de etimologia e-movere, palavra latina que deu origem à palavra emoção, dá ideia de movimento).
Um passo à frente é o que dá sentido à nossa caminhada. Afinal, esse é o sentido da vida: para frente.
Este livro é uma despedida de quem já fui. É também uma mensagem de boas-vindas para quem eu vou me tornando com o passar dos anos.
Devo agradecer a você que lê e a mim que escrevi. Eu passarei, você também. O livro ficará.
Faz 4 anos que escrevi um texto e não publiquei. Até aí, tudo bem? Era uma confissão. Por isso, decidi guardar por esses anos e não expor.
Eu havia acabado de publicar meu primeiro livro (História de 50 metros) quando escrevi esse texto.
Hoje, decidi publicar. Saber que você pode ler isso, a qualquer momento, atrapalha minha respiração. Aqui está:
MEU PRIMEIRO DESABAFO NO FACEBOOK (Edit: nunca publicado.)
Desde muito cedo fugi da violência física. Nunca fui “de brigas”. Em um mundo de valentões e encrenqueiros, aprendi a ser discreto e a tentar passar despercebido. Isso nem sempre era possível, então busquei formas de me defender. Não, não aprendi nenhuma arte marcial, nem tive aulas de defesa pessoal. Observador, que sempre fui, percebi que a violência quase sempre resultava da falta ou excesso de palavras.
Calma, eu explico. “Quase sempre” as brigas – com agressões físicas – começavam com palavras, discussões por vários motivos – de futebol à ciúmes. Sim, nem todas as “tretas” precisavam de palavras, algumas iniciavam com um olhar. – Passou, olhou, o outro não gostou, o tempo fechou…. A falta de palavras ou o mau uso delas poderia resultar num desastre.
Então, passei a me defender assim: usando palavras. Não demorei muito para perceber que palavras podem ser muito mais contundentes do que qualquer soco ou pontapé. Tive até uma certa ascensão dentro do grupo de amigos. Passei a ser temido, afinal, ninguém queria ouvir “umas verdades secretas” em público. Se existisse uma modalidade de luta falada, tentaria pódio sempre. (Fico imaginando o que não se falava na minha ausência… melhor nem pensar…)
Se tivesse treinado golpes de defesa pessoal, talvez fosse mais fácil para quem convive comigo diferenciar uma brincadeira de uma agressão. Mas nem sempre a gente consegue medir a intensidade da violência que é verbal. Eis o problema.
Uma violência física deixa marcas que vemos desaparecer. Um vermelhão de um tapa, os arranhões, torcicolos (pescotapa) e até pequenas fraturas e distensões ficam visíveis por um tempo, mas somem. Se chegar ao extremo de rasgar a pele de forma absurda, é possível até fazer uma cirurgia plástica para que a marca seja removida. Mas, e a palavra mal-dita deixa marca onde? Essas marcas desaparecem quando?
Ah! O tempo! O tempo… só depois de uns anos começo a perceber que essa defesa neutralizou tantos ataques que não há mais nenhum inimigo. Nem muitos amigos. Ninguém suporta uma companhia dessas. Coisa desagradável usar palavras assim. Doses de sinceridade curam, mas também matam. Muito difícil acessar quem tem uma artilharia tão pesada pronta para um ataque. Só não entendo os poucos seres que resistiram aos ataques e – pasmem! – riem de alguns deles. Como quem brinca de beisebol com as balas de canhões argumentativos – antiiigos – que insisti em usar.
Meus amigos. Esses são velhos de guerra. Sim, não desistem de se aproximar mesmo sob forte ameaça. Fui violento. Usei palavras como quem usava uma espada, mas sem a habilidade de um samurai. Vivi ferindo a mim e aos outros. Insisti em me defender de toda e qualquer ameaça com elas. Esse texto é um belo exemplo disso. Tropeço na sabedoria com a espada na mão. Ser sábio e saber usar uma espada é uma ambição, algo que pareceu bem distante. A autocrítica há de ser um caminho para isso.
Cursei Letras. Escrevi uns livros. Vivo das palavras. Soldado com patente baixa nesta luta vã.
Desabafar no facebook não é algo inédito. Saber o poder das palavras, todo mundo já sabe, tem gente que até evita as “palavras negativas”. Que, ao menos, as pessoas que não sofrem deste mal sejam solidárias e não aproveitem que estou desarmado ou esperem eu estar offline para me atacar.
Estão vendo, ainda não consegui fugir da ironia… Alguém terá coragem de comentar ou temerão minhas palavras?
Luiz Henrique F. Cunha
29/09/2015
EM TEMPO:
Amigos, obrigado por ler tudo até aqui.
Escolhi muitas vezes o silêncio nos últimos anos. Pouco me pronunciei. Busquei poesia.
Agora, quero convidar a fazer parte desse site para trocarmos ideias.
Preciso ouvir você que já leu ou ouviu minhas palavras. O que elas significaram para você? Fui cruel contigo? Emocionei você? Vou aguardar seu comentário a qualquer momento aqui.
História de 50 metros e outras histórias crônicas é um livro para quem gosta de palavras. Uma obra que pede que “…não sejamos escravos da ação”. Leitura para quem procura algo diferente. Uma coletânea que reúne duas novelas inéditas, que abrem a publicação, e sete contos curtos. São histórias surpreendentes que nos desafiam a enxergar beleza e poesia no que é simples. Um mergulho no universo das palavras e nas perguntas que nunca nos fizemos.
Em ‘Leia se puder, se não der, esqueça’ somos cúmplices da personagem que não quer existir só no papel e tenta convencer o leitor a libertá-la de sua condição. Ela terá onze capítulos para persuadi-lo e começa se recusando a ser retratada pelo escritor ou por um narrador, então, toma a pena para se escrever. Depois da leitura, fica a questão: vivemos para sermos lembrados porque estamos condenados a sermos esquecidos?
A História de 50 metros será a viagem curta mais longa de sua vida. Antes de atravessar a rua, a personagem se depara com uma árvore onde há um copo com água. Não compreendendo a situação, resolve inventar uma história sobre o copo, a água e a árvore. Cada parte da história conduz o leitor a um mundo fantástico onde a Realidade é a antagonista e um cavalo conduz o herói às profundezas do mar do desconhecido. Na leitura algumas perguntas atormentam: onde é atrás da árvore? As árvores são plantadas ou as casas que são?
O livro termina com a “Parte Crônica”, onde estão os contos. Poderíamos classificá-los como crônicas, pois surgiram de acontecimentos específicos, no entanto, eles transcendem essa condição. São histórias curtas capazes de desafiar o leitor a estendê-las por suas reflexões. Na leitura, vamos dos instintos primitivos até a sublime generosidade que acomete alguns humanos. A prosa poética que perpassa os escritos nos desafia a um mergulho em nós.
A obra é um convite à prosa poética, estilo de composição que já encantou o mundo nos escritos de Virgínia Woolf, Clarice Lispector, Mário Quintana entre outros gênios que acrescentaram à ficção imagens surpreendentes que não podem ser ilustradas ou traduzidas por cineastas e pintores, porque a poesia escolheu como seu berço e sua cama a palavra escrita.
A história da história
Em 2015, no início do ano, fiz uma pesquisa com meus novos alunos sobre leitura e entretenimento. Resultado: a maioria não lia livros e achava que Literatura é uma arte inacessível ou desnecessária diante de tantos meios audiovisuais. A maioria desses alunos está prestes a concluir o ensino básico (9º ano do ensino fundamental e 3º ano do ensino médio).
Isso significava que diferentes tentativas de seduzi-los à leitura ao longo da formação deles não foram suficientes. Mas nem tudo estava perdido. Certo?
Resolvi fazer um caminho diferente dos projetos convencionais: publicar o meu livro e defendê-lo em sala de aula num projeto de leitura para instigá-los a essa e outras leituras!
A ideia era muito simples: compartilhar com eles as histórias que escrevi, as técnicas que utilizei e, sobretudo, meu interesse pela Literatura e pela produção literária. Disponibilizar o livro na biblioteca da escola seria parte fundamental do processo. Desconstruir a ideia de que a Literatura é distante e inacessível foi a consequência de tudo isso.
Por uma editora, posto em uma livraria, o livro sairia por mais ou menos R$ 35,00. A maioria dos alunos não compraria o livro a esse preço. Então, decidi imprimir o livro sem editoras, direto na gráfica, para diminuir custos e facilitar o acesso. Para isso, fizemos uma pré-venda do livro antes da impressão, assim, muitos amigos e conhecidos, a comunidade escolar e quem acreditou só de ler o projeto ajudou a cobrir os custos e doaram livros para a realização do projeto.
Formamos um coletivo de 90 apoiadores pelo financiamento coletivo CATARSE.ME, totalmente na internet, sem pegar dinheiro na mão. O livro foi vendido por R$ 25 (vinte e cinco reais) para esses apoiadores e podemos juntos doar exemplares às bibliotecas da escola onde atuo hoje, facilitando o acesso ao livro.
Os resultados foram animadores! Atingimos os objetivos financeiros, imprimimos os livros, fizemos uma grande festa de lançamento e os alunos receberam os livros para uso em sala de aula e vários exemplares para o CANTINHO DA LEITURA, nossa biblioteca!
Não podíamos parar por aí, então, realizamos uma feira do livro envolendo toda a escola. Para nossa surpresa, muitos alunos participaram! Isso deixou claro que nosso objetivo foi alcançado! Em um ano, conseguimos muitos avanços! São muitos os alunos que começaram a ler livros depois desses projetos! E aqueles que já eram leitores receberam uma boa injeção de ânimo!
Nosso agradecimento a cada professor que participou desses projetos na EMEF Prefeito Nestor de Camargo, em Barueri-SP: Juliana, Priscila, Georgia, Edilson e Renato! Nosso abraço a cada apoiador do projeto no CATARSE.ME! Nosso reconhecimento aos alunos que abraçaram este projeto e se abriram para uma nova forma de entretenimento que – com certeza – vai mudar suas vidas para sempre!
Por um mundo de mais leitores! Mais escritores! Mais poesia! Mais histórias fantásticas! Mais criatividade! Mais amor pela educação pública! Mais livros! Mais senso crítico e desejo de aprender!
O AUTOR
Agradecimentos especiais:
“Meus agradecimentos à família que acreditou o tempo todo: Karina, esposa amada, Mizael, pai, Lourdes, mãe e às irmãs, Adriana e Noemi. Aos amigos que me apoiaram desde o início: Noemi Ferrer, Adriana Ferrer, Vanessa Oliveira, Leandro Ortunes, Michele Ortunes, Ernane Fernandes, Ellion Montino, Gustavo Fernandes, Heidy Motta.
Aos nossos primeiros apoiadores no catarse.me, que acreditaram prontamente no projeto e contribuíram:
Karina Cunha,
Camila Maria Ferreira Benedito,
Renato Jorge Felismino,
Samuel Chen,
Maria de Lourdes Ferreira Cunha,
Mizael Ciriaco Cunha,
Márcio Cruz
Ernane da Silva Fernandes!
Os apoios ao projeto tornaram o sonho possível. Nosso agradecimento aos apoiadores:
Vagner Nunes Ferreira,
Maria Nice (tia Nice)
Joaquim Oliveira,
Juliana Rosa Lima,
Heloísa de Souza,
Vanessa Oliveira,
Valdeci Alves Montino,
Cleonice Eliamara R. Teixeira,
Andressa de Sá Alves,
Maria Nice Ferreira,
Alexandre Torrezan Masserotto,
Junior Cesar de Almeida,
Márcio Estevão,
Rebeca Tostes,
Edilma Candiani,
Gabriel Rocha Lopes Gaspar,
Fabiano Soares,
Jefferson Carlos de Oliveira Ferreira,
Katia Souza,
Priscila Maitan,
Dashiell C. Isquedo,
Alessandro Elias,
Fátima Aparecida de Souza Oliveira,
Heloísa de Souza Oliveira,
Lirian e Alexandre,
André Guedes e Luana B. Guedes,
Giselle Probst do Amaral,
Marilza Cristaule,
Tatiane Cristaule,
Márcia Regina Lima,
Maria Soares (vó Tata),
Katia Albino,
Madonna Macedo,
Gustavo Fernandes,
Felipe de Viveiros,
Angélica Monção Lima,
Geovane Alencar,
Tacio Gomes,
Ellion Montino,
Rodrigo Martins Dos Santos,
Sarah Cândido Franca,
Paula Tatiane de Almeida,
Andréa Ferreira,
Diana Gonçalves Ciarallo,
Márcia Regina Lima,
Jéssica Castro,
Viviane Maria do Nascimento Saldanha,
Bárbara (Babi),
Ingrid Maglio,
Jose Carlos da Silva,
Marcia Ferreira Nogueira,
Rayane Rafaele Ferreira Pinheiro Gobbo,
Edivaldo da Silva Santos Junior,
Vanda Alves,
Natali Casaroti,
Camila Flores Muniz,
Claudio Regis Custodio,
Débora Daniluski,
Jeany Ferreira da Silva,
Júlio César Cristaule,
Kelen Santos,
Samira Castro,
Miquéias Novais,
Olga Silva Rosa,
Robson Adriano da Silva,
Valéria Ferreira,
Jonatas Eliakim,
Juliana Macedo de Oliveira Costa,
Valdir e Ercilia (sogro e sogra),
Wilton Galdino,
Flavia Galante da Silva,
Luiza Ariva Neves do Nascimento,
(tia) Beth Ferreira,
Jacqueline Ferreira,
Mazé, Cris e Micaella (os Righeto)!
GRATIDÃO é a palavra que resume este projeto de 60 dias
intensos e inesquecíveis!
Muito obrigado! Vocês serão parte desta obra para sempre!”